PERÍODO: 2003... TRANSPORTE Motoristas pedem socorro, comunidade atende.

   Que o Trevo Cataratas não é sinônimo de rapidez e eficiência isso os motoristas já estão cansados de saber, principalmente aqueles que enfrentam diariamente o trajeto que liga Cascavel a outras cidades, inclusive Curitiba, pela BR-277.
    Há 35 anos era apresentado o último projeto que visava à adequação deste trecho. Mesmo assim, o que é apresentado hoje não serve como exemplo de dinamicidade. Sem iniciativas públicas, a alternativa é arregaçar as mangas e promover a mudança. É o que fez o arquiteto e urbanista Nilson Gomes Vieira, de Cascavel, autor de projetos como o Estádio Olímpico Regional de Cascavel, o Terminal Rodoviário de Passageiros, Cidade Industrial, Centro Esportivo Ciro Nardi, Campus da Unioeste de Cascavel, e agora de uma proposta para a construção do complexo viário Trevo Cataratas.
   Segundo Nilson, o projeto ainda é apenas um estudo preliminar. “Como ninguém se propõe a mostrar uma solução para o grave problema que é este trevo, como cidadão, utilizando das ferramentas que disponho, decidi que iria abrir à sociedade uma proposta com vistas a sugerir uma nova bandeira regional, que é esta adequação”, explica o arquiteto. Ele ainda ressalta que não há usuário do complexo viário atual que não conheça as dificuldades de passagem pelo local, que tem, teoricamente, a função de distribuir os fluxos viários cujos destinos são Cascavel, Curitiba, Corbélia, Toledo e Foz do Iguaçu, além de inúmeras cidades que compõem os respectivos trechos.
   “Cada dia que passa se agrava grandemente as circunstâncias desagradáveis recheadas de prejuízos de toda ordem, em cujas esteiras são levados aos que transpõem o local, mormente nos dias de eventos importantes, quando se verifica congestiona mentos de muitos quilômetros”, afirma. É o que pode ser observado logo no primeiro dia do Show Rural Coopavel, a maior feira do agronegócio da América Latina. Filas à perder de vista se formaram logo pela manhã, e atrapalharam a chegada dos visitantes ao parque tecnológico, além de atrasar os motoristas que não tinham a feira como destino final.
    A solução do uso de semáforos que seria paliativa se tornou permanente, conforme Nilson. “Em razão do aumento natural da frota, ao previsível crescimento das cidades e da economia, o Trevo Cataratas entrará em colapso num curto espaço de tempo. Não é necessário ser técnico para imaginar que o local vai travar, o que impedirá o acesso a todos os destinos”, alerta o arquiteto.

A PROPOSTA

    De acordo com Nilson, a proposta está colocada de forma preliminar e simples como convém a obras que requerem recursos públicos. No entanto, não é simplória, uma vez que foram propostas soluções para todos os pontos críticos que caracterizam o local. Dentre as soluções está a utilização de peças estruturais pré-fabricadas em concreto armado ou protendido; geometria seguindo os parâmetros urbanísticos e viários recomendáveis bem como seus respectivos dimensionamentos; criar condições para fluxo contínuo; e o aumento da velocidade de tráfego na medida em que se julgue necessária a inclusão de mais faixas carroçáveis. O projeto também prevê a construção de trincheiras, viadutos de nível superior intermediário, além de pistas duplas a todas as rodovias que chegam até o Trevo Cataratas.
    Nilson não realizou ainda o orçamento da obra, mas garante que os custos serão menores do que um projeto preliminar do DER (Departamento de Estradas e Rodagem), que extra oficialmente, estaria orçado em R$ 90 milhões.

Mais informações, acesse:
www.ngvarquitetura.com.br.

Acesse a matéria: Jornal O Paraná
Cascavel, 03 de fevereiro de 2015
Terça-Feira


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